domingo, 10 de abril de 2011

O melhor motel sobre quatro rodas

Mais uma que o Vaticano vai ter de engolir. Menos de um mês depois* de o Papa vir a público para anunciar os “10 mandamentos do bom motorista” – entre eles, o de não usar o veículo como “local de pecado”, a Inglaterra lança uma verdadeira bomba sobre o vaticanato. A missiva bélica veio com a publicação de uma pesquisa realizada pela seguradora Yes Insurance, que afirma que os britânicos gostam de carros. Mas gostam mais ainda quando podem transar dentro deles com conforto. Opa! Serei menos cruel com os ingleses depois desta pesquisa.

Vejam vocês: ingleses trepam. Ingleses trepam em carros. Ingleses trepam em carros e gostam. Ingleses trepam em carros, gostam e ainda primam por conforto. Mandaram bem esses ingleses! Os experts no assunto elegeram o Volvo Estate – já fora de linha - como o melhor carro para uma transa. O similar da marca é o V50, cujos os bancos têm oito opções de posição. Nossa, isso deve ser muuuiiiito melhor do que a cadeira erótica que tem nos motéis. Deve ser uma deliciosa loucura.

Esta notícia me fez lembrar de uma aventura protagonizada por esta que vos fala e pelo Gostoso. Havia acabado de trocar de carro e fomos dar uma voltinha inocente para estreá-lo. Toda a “culpa” foi dos bancos de couro. Estava com uma saia social, meia de seda... e, sabe como é. Desliza pra cá, pisa na embreagem, troca a marcha, pisa no freio, pega no câmbio, meia fina deslizando no couro do banco. Olha, mulher sabe que aquilo dá um tesão danado. E o Gostoso estava ali, do lado, todo interessado em saber a potência do motor, o consumo de gasolina, os adicionais.... E eu ouvindo aquela conversa que me parecia em puro aramaico arcaico... trocando pedal daqui, pedal dali...

Puta tesão! O semáforo fechou. Pouco antes, respondi qualquer coisa sobre o seguro do carro no mesmo instante que enfiava delicadamente minha mão entre as pernas de Gostoso. I m e d i a t a m e n t e, a cabeça masculina vira o botão “autos” e liga o botão “sexo”. Daí em diante, nem precisa falar que não prestou. Pra começar a meia fina foi pro saco em menos de 30 segundos. O sinal verde, naquele momento, teve um perfeito duplo sentido. Quando engatei a primeira, já com alguma “dificuldade”, minha saia estava de cabeça pra baixo, ou seja, na altura dos seios.

Trafegando pelas ruas da capital paulista, fomos descobrindo as “vantagens” do carro novo, um confortável Marea Weekend. Os vidros com insufilm permitiam uma safada privacidade, tanto ao motorista quanto ao passageiro. Neste dia ganhei meu primeiro sexo oral ao volante. Uma delícia que só quem já teve pode dizer o quanto é bom. Outra vantagem dos vidros escuros é poder dirigir semi-nua, ganhando todos os beijos possíveis, na nuca, nos seios, descendo pela barriga, umbigo... E, também, poder tocar o seu parceiro e sentir seu sexo pedindo seu corpo com vigor e urgência.

A certa altura, tínhamos duas opções: ou parávamos no acostamento ou entrávamos no primeiro lugar apropriado que aparecesse. A segunda opção foi a mais sensata. E a primeira entrada que vimos foi a de um drive-in. A escolha não poderia ter sido melhor. Assim que chegamos, pulamos para o banco de trás, já quase nus. Aquele banco imenso, aquele couro, musiquinha... Testamos várias posições, mas a melhor, sem dúvida, foi a “pés ao alto”. Pra explicar mais ou menos, os pés da mulher ficam espalmados no teto do carro. Transamos muito neste dia, com direito a orgasmos múltiplos. Essa foi uma de minhas melhores transas automotivas.

E quem também gosta de um sexo veicular são os holandeses. Lá em Amsterdã, conheci um Love Inn. O lugar é mais engraçado do que tesudo. Mas vale a brincadeira. No Love Inn, um carro foi montado no alto de um poste, do lado de fora de um hotel, que oferece pernoite free aos hóspedes no carro-hotel das alturas.

Enquanto uns pensam em se casar em Paris, eu opto em passar férias na Inglaterra.

Voilà!

(* Postado originalmente em Brasilwiki)

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