quarta-feira, 6 de abril de 2011

Pecados ao Volante

Eu quase caí da cadeira quando vi na internet a notícia: “Vaticano divulga os ‘10 mandamentos’ do bom motorista”. Entre os “pecados”, estão: “Não guiarás sob influência do álcool; respeitarás os limites de velocidade; não considerarás o carro como objeto de glorificação pessoal, nem o usarás como local de pecado”. Pára tudo!!!

Por mais que eu tenha prometido à minha finada mãezinha seguir todos os mandamentos da Igreja Católica desde pequena e por toda a vida, isso já é demais. Será que o fausto povo que comanda aquele que é considerado o menor país do mundo não tem nada mais edificante para pensar do que mundanos pecados ao volante?

O Vaticano fala em “aspectos morais para a condução de veículos automotivos”. "Carros tendem a trazer o lado ‘primitivo’ dos seres humanos, produzindo, portanto, resultados bastante desagradáveis", disse o documento. Digo que concordo em parte. Mas, peraí. Tem outra parte engraçada, o 5º Mandamento: "Carros não devem ser para ti uma expressão de poder e dominação, e uma ocasião para pecar".

Bom, agora a coisa pegou mesmo. É por isso que eu defendo o fim da castidade para os padres. Isso só faz com que eles pensem em sexo umas 56 horas por dia. Este trecho do tal documento deixa óbvia a fixação deles pelo “pecado” da fornicação. Uma vez cerceados deste terrenal prazer, querem ficar impondo limites em nossas aventuras carnais.

Nananinãnão!!!! Comigo, não. Nem que eu tenha de ficar com calos nos joelhos e na língua de tanto pagar penitência por meus pecados. Um dos meus prazeres são as aventuras automobilísticas e, se você não tiver entraves religiosos, também deveria experimentar. É uma delícia e pode ser uma loucura.

Eu me lembro que, certa vez, fiz um sexo oral exemplar. Eu e uma amiga decidimos, de surpresa, dar carona a um amigo. Até aí, tudo na maior inocência, apesar de eu morrer de amores e tesão pelo bofe em questão. Seguimos viagem, eu ao volante, o Gostoso ao lado, a Matraca-sem-noção no banco de trás e uma hora de chão pela frente. A mulher estava tão ocupada em falar bobagens e coisas sem sentido que nem percebeu quando já estávamos andando em nuvens de algodão.

Minha mão se ocupava em explorar o território estrangeiro, sentindo o roçar da seda da cueca do Gostoso sobre a minha pele e me excitando à medida em que seu pênis crescia em minha mão, entumescido de prazer. A Matraca também não se deu conta de que havíamos parado o carro e trocado de lugar para melhor continuar a brincadeira. Ela estava, como sempre, em um universo paralelo. E, nós dois, também. Agora, enquanto uma de minhas mãos afagava sua nuca e seus fartos cabelos negros, a outra seguia em movimentos que alternavam delicadeza e força.

Não demorou e o blábláblá do banco de trás tornou-se inaudível. Estávamos lá, no carro, aquele estradão todo pela frente, aquele climão gostoso.... Num ímpeto de absoluto e incontrolável tesão, caí de boca. Me desculpem, mas não dá pra dizer de outra forma (não sou nenhuma devassa, só gosto de sexo e pelo Gostoso valia a pena). Matraca só percebeu “algo estranho” minutos depois.

Eu estava me deliciando com aquele sexo oral, sem hora marcada, sem compromisso e sem-vergonha, enquanto o Gostoso viajava em seu prazer, perdendo sutilmente o controle do carro algumas vezes. “E agora??? O que eu faço????”, indagou Matraca. Como estávamos ocupados demais para responder, Matraca começou a contar historinhas eróticas. Quase ignorada, ficou lá com o seu blábláblá.

Mas o legal da coisa é que aquilo foi quase um boquete público: havia a Matraca e todo o movimento do horário de pico (uuuiii), numa estrada de grande movimento. Sempre que percebia um caminhão nos cortando, imaginava o motorista olhando. Claro, não dava pra ver nada, mas só aquela fantasia toda me deixava cada vez mais louca de tesão.

Movimentos frenéticos, beijos, mordidinhas, lambidinhas... o carro dá um solavanco forte. Matraca joga meio corpo pra frente e segura o volante, enquanto eu me empenho com maior vigor em meus movimentos manuais e orais. Gostoso chega a Orion, num clímax absoluto. Uma chuva de prata molha meus lábios e pinta com um brilho único aquele momento inesquecível.

O Vaticano que me desculpe, mas se é pecado, quero morrer pecando!!!!

(*Originalmente postado em Brasilwiki)

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