quarta-feira, 20 de abril de 2011

Quando o sexo vira piada

Amsterdã é uma coisa de louco. Mesmo com uma agenda atribulada de trabalho, é IM-POS-SÍ-VEL deixar de aproveitar a cidade nem que seja por umas horinhas apenas. E diversão e Amsterdã são praticamente sinônimos. Isso foi há muitos anos, era ainda uma estagiária descobrindo a vida e o mundo. Passeando pelas ruelas movimentadas daquele antro delicioso do sexo, me diverti muito sozinha. Entre pintos de borracha que saltitavam agarrados a molas nas vitrines, vi em uma delas uma cueca de elefante cor-de-rosa. Com os olhos estatelados de emoção, entrei na loja  e m p o l g a d í s s i m a  com a “novidade” (para mim era, né?). Achei tudo de bom, maravilhosa e já fiquei imaginando o meu Gostoso fazendo a tromba do elefante subir e descer... Já tinha comprado umas cuecas samba-canção na Tie Rack de Londres para o fofo, mas não chegavam ao pé daquela "selvagem" cueca. Tinha de banana, cenoura, revólver, mas eu gostei mesmo da do elefantinho, com trombas e orelhas. Para mim, comprei uma sensual camisola vermelha, curtinha e com pluminhas na gola e nos lacinhos da calcinha.

Chegando ao Brasil, louca por uma noite daquelas pra matar a saudade, fomos para o motel. Botei minha nova paramenta sensual e dei o presentinho pro namorado. Ele olhou, olhou.... “O que é isso?”, perguntou. “Oras, uma cueca, pra esquentar nossa noite.” Santa inocência, Batman!!!! Onde eu estava com a cabeça em achar que aquilo poderia apimentar algum tipo de sexo. Toda vez que aquela tromba se mexia, era um ataque de risos. Passei mal de tanto rir. Ele, coitado, até que se segurou um pouco. Devia estar me achando meio estranha quando ganhou o presente, mas deve ter pensado que “era coisa de mulher”. Até hoje, quando me lembro daquela tromba agonizando pra ficar na vertical, não consigo conter o riso.

Esse é o problema de alguns desses brinquedinhos. Eles podem realmente se transformar num brinquedo e você ficar na cama como se estivesse com seu irmão. Brincando, brincando.... É como aqueles abomináveis dadinhos de posições. Quem nunca teve um daquele??? Eu tive, veio na mala numa viagem que fiz à Argentina. Entrei num sex shop, tirando os vibradores, a loja estava repleta de lingeries de um mau gosto inacreditável. Escolada que estava eu depois daquele maldito elefantinho, comprei apenas um dadinho. Adivinha??? Pôxa, tinha posição ali que nem no "Kama Sutra" eu vi. Vai se catar. Mais uma vez, minha "surpresinha" de viagem desceu ladeira abaixo – literalmente. Quase me enforquei com a própria perna. Dadinho nunca mais.

A dica é, pense bem antes de comprar um adereço erótico. Pode virar uma piada na cama e você ficar na mão. E, cá entre nós, fico imaginando se essa empolgação chinesa na produção de material erótico chegar ao Brasil, os cuidados com a segurança devem ser redobrados. Senão, será como a piada da velhinha que comprou um vibrador e foi parar no pronto-socorro por não conseguir tirar o tal objeto fálico de dentro da dita “usuária” do mesmo. A velhinha gemia, gemia como louca. Os enfermeiros, depois de algum esforço e consternados, arrancaram o vibrador da gulosa. A velha gritou, brigou. Eles, imaginando que a tivessem machucado, pediram desculpas. A velhinha, muito brava, ordenou: “E não demorem pra trocar as pilhas, senão eu corto vocês ao meio com o bisturi!!!”.     

Pois é, a piadinha pode até ser fraquinha, mas sexo tem de ter alguma escala de diversão. Mesmo que não haja brinquedinho nenhum por perto, o humor tem de ser um dos ingredientes básicos. Juntando mais doses fartas de tesão, carinho e boas pegadas, nada é comparável.


Divertam-se.


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